Me aventurando na área de Roteiros. Vish!

Pessoas que acompanham o blog! Como vão?
Nessa tarde caótica de sábado, decidi cobrir meu tempo extra escrevendo (mal) um roteiro qualquer, para passar o tempo.
O roteiro ainda não está pronto, aliás, não está nem na metade e se trata da história de um garoto que tinha nove anos, sofreu um acidente, ficou em coma, e só despertou nove anos depois. Ou seja, ele já tinha 18 anos! Como será que é passar metade da sua vida inteira desacordado numa cama de hospital e perder o resto de sua infância e mais tarde sua adolescência?

Eu já escrevi algumas linhas do enrendo, mas ainda não cheguei ao "ápice" do conto, apenas escrevi como tudo aconteceu.
Claro que o texto irá sofrer modificações, eu devo corrigir alguns erros, acertar algumas ideias e etc... Mas por enquanto nós temos isso aqui:


Bem vindo de volta!


“A infância é o momento mais belo da vida, onde a pureza e a inocência devem ser valorizadas”.

Fevereiro de 2003;

Num local onde as risadas das crianças eram o som mais evidente, as folhas das árvores balançavam com a leve brisa que ali passara, você podia ouvir o som dos balanços estalando suas correntes, e o som enferrujado daquele gira-gira que ficava a rodar durante horas, divertindo quem ali sentasse.
Em meio à sinfonia de sons, pode-se ouvir o barulho das folhas sendo esmagadas ligeiramente ao chão pelas rodas da bicicleta de Michel. O chão por onde aquela bicicleta circulava estava úmido por conta da chuva que caíra na noite anterior.
Michel estava empolgado, a sensação de liberdade e leveza dominou seu corpo em quanto percorria aquele parque com sua bicicleta, a emoção era evidente, e Michel estava pedalando depressa, quase que derrapara por algumas vezes naquele chão molhado cheio de folhas.
Uma curva mal feita! Uma curva decidiria mais tarde o destino do garoto.
Michel não conseguiu controlar os pedais, aquela curva exigia menos velocidade! Enquanto a bicicleta voava baixo pelo ar, derrubando o garoto, podia-se ouvir os gritos desesperados de sua mãe chamando pelo seu nome.
De repente tudo se apagou, a visão daquele parque ensolarado, e aquele gira-gira logo à frente, estavam ficando cada vez mais embaçados e confusos, até que se tornaram escuridão de uma vez.
Agora você poderia ver o garoto com uma faixa branca cobrindo sua cabeça, deitado sobre uma cama hospitalar, sendo monitorado ligado a diversos fios, na Unidade de Tratamento Intensivo.
Pode ser chocante inicialmente ver uma criança de apenas nove anos de idade naquele estado. Os médicos diziam que estava tudo bem, o garoto apenas sofreu alguns pontos na região da cabeça, e estava anestesiado na U.T.I, mas Fátima, mãe de Michel, podia perceber o murmuro entre os médicos daquela área... Algo não estava certo.
A ansiedade era demais, aquele local ermo de paredes brancas, com alguns bancos espalhados e mais algumas revistas sem graça sobre uma mesa, aumentavam cada vez mais a ansiedade da mãe de Michel.
Ninguém passava por lá para lhe dar alguma informação... Era agonizante.
De repente ela avista um dos médicos que saíra da Unidade de tratamento, e logo se levanta aflita indo à direção do mesmo:
_ “Quando meu filho irá acordar, Doutor?” – Perguntara Fátima com voz tremula.
_ “Seu filho está bem minha senhora, ele só está anestesiado por conta dos pontos que tivemos que dar em sua cabeça, logo mais ele acordará e será movido para um dos quartos do hospital, não se preocupe!” – Disse Dr. Alberto Ramos, com um singelo sorriso, a fim de tentar acalmar aquela mãe aflita.
_ “Mas doutor! Se está tudo bem, por que meu filho está na U.T.I?”
_ “Apenas questão de praxe!” – Disparou o Doutor.
_”Nossos pacientes que acabam de sair de uma cirurgia, sendo ela pequena ou não, são movidos para a U.T.I, e caso tenham uma boa melhora, são transferidos para o quarto. Seu filho apresenta melhoras, foram apenas alguns pontos e uma batida de leve na cabeça, sem riscos de traumatismos cranianos.”
Logo após o diálogo, a mãe de Michel agradece pelas explicações e Dr. Ramos se retira, deixando Fátima sozinha novamente na sala de espera.
Agora um pouco mais calma, a mulher folheia uma revista qualquer enquanto espera, para tentar aliviar a tensão. Mesmo sabendo que estava tudo bem, era agonizante saber que seu filho mais novo de apenas nove anos está numa U.T.I, desacordado, com pontos na cabeça.
Passaram-se em torno de quatro horas, e Fátima ainda estava a esperar, dessa vez a ansiedade lhe cosumira outra vez.
 
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